A história da gastronomía

A alimentação é uma necessidade humana básica. Nossa maneira de comer evoluiu da descoberta do fogo, das especiarias e da necessidade de melhorar os sabores ao que hoje chamamos de GASTRONOMIA, uma arte que podemos desfrutar na grande variedade de restaurantes que encontramos ao redor do mundo.

Antes de falar sobre restaurantes, compartilhamos com você a definição e alguns conceitos básicos relacionados à gastronomia:

Gastronomia (do grego gaster, «barriga» ou «estômago» e nomos, «distribuir», «governar» ou «arranjar») é a ciência e a arte que estuda a relação do ser humano com seu alimento e seu ambiente ou entorno. O termo gastronomia é muitas vezes erroneamente pensado para se relacionar apenas com arte culinária e serviço de mesa. Entretanto, esta é apenas uma pequena parte do campo de estudo da disciplina. A gastronomia estuda vários componentes culturais, tendo a alimentação como foco central.

A gastronomia, além de estudar como as pessoas estão intimamente ligadas através de sua nutrição, também estuda sua formação particular. Isto significa que estuda fatores como costumes, lugar, credo religioso e história relacionados a cada prato.

As raízes da indústria de alimentos e bebidas estão na tradição inicial dos banquetes comunitários.

Quando o comércio foi inventado, os primeiros comerciantes comercializavam ferramentas, roupas, gado e, mais tarde, dinheiro para alimentos preparados. A pousada tradicional européia cresceu a partir deste conceito. Naquela época, uma pousada típica era uma residência particular onde o viajante cansado podia conseguir uma refeição quente, uma jarra de vinho e um abrigo para a noite. Nenhum conforto podia ser exigido, não havia saneamento e os hóspedes dividiam o mesmo quarto com seus cavalos e galinhas.

Durante a Idade Média, o bom serviço de comida e bebida era um privilégio da aristocracia.

Nobres tocaram trombetas nos portões do castelo para sinalizar aos vizinhos para se reunirem para um banquete.

Os comensais lavavam as mãos em água perfumada e depois eram servidos enormes pratos de pavão assado ou cisne, carne de vaca e carneiro.

Acompanhados de entretenimento de acrobatas, malabaristas e trovadores, os convidados comiam com os dedos e usavam gravatas coloridas para limpá-los (fato divertido: a gravata moderna descende diretamente destes babadores, embora não seja mais aceitável usar uma gravata para limpar os dedos).

A elegante refeição foi introduzida por uma italiana de 14 anos, Catherine de Medici, que em 1533 casou com o futuro Rei Henrique II da França.

Catherine de Medici nasceu durante a Renascença italiana e era famosa por oferecer elegantes banquetes, servidos em mesas adornadas com caros ornamentos de prata e delicados talheres de mesa. Mais de uma centena de cozinheiros produziram uma variedade de iguarias, que foram a base do que hoje é conhecido como cozinha clássica.

Em Paris, François Pierre de Varenne publicou o primeiro livro de culinária para gourmets em 1651, durante o reinado de Luís XIV. Mais de 300 pessoas foram empregadas na cozinha do rei francês e as atividades culinárias tornaram-se uma forma de arte respeitada no século XVIII.

O primeiro estabelecimento público dedicado exclusivamente ao serviço alimentar abriu em Paris, em 1765. Uma placa de carvalho acima da entrada trazia as palavras: «Venite ad me omnes qui stomacho laboratis et ego restaurabo vos». Em inglês, isto significa «Venha quem tem o estômago cansado e eu o restaurarei». Desta placa, especificamente da palavra latina restaurabo (eu vou restaurar), vem o termo restaurante.